Eu voltei

De todas as experiências vividas no período de internação do meu filho José, uma das mais gratificantes foi ter conhecido Elisa, mãe da Ana, nomes aqui meramente fictícios. Cada vez que eu me sentia cansada e desanimada, olhava para ela, respirava fundo e compreendia o verdadeiro significado da palavra DOAÇÃO. A "Aninha", carinhosamente chamada por todos, ficou 8 meses no Hospital, e desde que teve alta, sua mãe Elisa, vive para dar a sua filha toda atenção e cuidados que ela precisa, e os carinhos que ela merece.
Mas desde a semana passada, a leitura que faço é de um grande pedido de socorro. Neste trecho, pode até parecer, eu, "um rasgado falando de um costurado", mas como não se anular? Até porque, em geral, as mães tendem a fazer isso, e algumas então, um pouco mais.
E de repente ela se olhou no espelho e pode realmente se ver. Já não se reconhecia mais uma mulher, apenas MÃE. E não que haja alguma conotação negativa nisso, NÃO. Doce sentimento esse, e talvez por ser tão doce, um pouco nos engorda...rsrsrsrsrsrsrs
Deixou para trás seu trabalho, e a companhia agradável dos amigos. Mas, de repente, num piscar de olhos, ela acordou. Viu que sua filha já podia receber os cuidados de outras mãos, boas mãos de uma atenciosa babá.
Vestiu então sua melhor roupa, demorou em frente ao espelho, abriu a porta de sua casa e disse para o mundo, em alto e bom tom: Eu voltei!
Bem vinda, de volta, querida amiga!

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