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Tentar ter o controle de tudo ocupa um espaço gigantesco dentro da gente. Um desperdício enorme e grandioso de energia. Não podemos controlar o que o outro sente, MAS podemos cuidar das nossas reais intenções. Mesmo que eu tenha consciência das minhas ações e sei que não desejo o mal de ninguém, ainda assim eu corro o risco de falar algo que possa deixar o outro desconfortável, porque, talvez, o outro tenha assuntos que precisem ser resolvidos, e essas coisas não estão no meu controle, estão no controle da outra pessoa. É aquela história que já escrevi uma vez: não é o que eu falo, mas o que o outro escuta.
Não sabemos o que podemos despertar no outro. Às vezes uma palavra, uma confissão, um segredo adolescente, uma vírgula ou um gesto pode despertar no outro, sentimentos que não podemos controlar. Por isso a importância da boa intenção de nossas ações, para despertar na outra pessoa, o melhor que ela tem para oferecer, em qualquer tipo de relação.
Acolher o afeto do outro, o sorriso, o abraço, a palavra e também a sua intenção, estabelece uma relação de confiança. E confiar é bom. Confiar nas palavras que o outro pronuncia, confiar no que o outro te deseja...Confiar faz "sobrar" energia, porque desconfiar exige um esforço muito grande. Desconfiar exige rigidez, dureza, "testa franzida". Desconfiar exige estado de alerta constante que nos faz produzir todos os hormônios do mal ou até mesmo os bons, mas de forma descompensada.
E então aí, nesse momento, é que você escolhe em ser feliz ou ter razão.
Que tal parar de controlar um evento que você não tem controle nenhum e se libertar disso? Dá muito trabalho controlar nossos próprios sentimentos e ações, o que dirá querer dar conta dos sentimentos do outro. Doe o seu melhor: pode ser o seu tempo, pode ser seu segredo, pode ser o seu ombro, pode ser o seu abraço, pode ser o seu beijo...e deixe que o outra pessoa acolha e acomode dentro da percepção dela, da forma que ela esteja disposta a se conectar com a tua verdadeira intenção.