O amor está no ar.

Já estavam casados há 13 anos. Três filhos pequenos, um deles, ainda bebê. Na rotina da casa, à noite, quando todos se reencontram,  entre a cozinha e a sala de estar, marido e mulher conversam, pelo menos tentam, enquanto os filhos brincam e brigam na mesma intensidade.
Durante o jantar, uma novidade e outra, relatos dos filhos de como foi o dia na escola, marido e mulher contam como foram no trabalho, e assim colocam a conversa em dia.
Sentados na sala, assistem televisão. Os filhos um pouco assistem, um pouco brincam, o casal troca olhares, já com segundas intenções, um sorrisinho aqui, um charminho ali, achando que o universo conspira a favor deles. O universo talvez sim, mas os filhos, com certeza, não. Eles parecem adivinhar. Talvez aí esteja a explicação para aquela expressão: "o amor está no ar."
E aí, tudo acontece: o mais velho não tem sono, o do meio fica manhoso e o bebê, repentinemante, fica febril. Ainda que o casal tente acomodar a todos, medicando, dando um colinho e ligando a tv no quarto das crianças, definitivamente, nada dá certo. Então é preciso muita energia, amor e principalmente, bom humor.
"Deixa, eles vão crescer." Diz o marido. A mulher sorri, admirando a compreensão do marido, que completa: "Eles vão crescer e eles vão ver só. Quando eles estiverem namorando na sala, vou levantar duzentas vezes, tossindo, arrastando os chinelos e perguntando se viram os meus óculos"...(pausa e silêncio),  e uma gargalhada generalizada toma conta do casal, que se delicia com essa situação, pois ela gera cumplicidade.
Acabam todos na mesma cama, marido e mulher nas extremidades, entre filhos, fraldas, mamadeira e antitérmico, e lhes resta, naquele momento, desfrutar da doce companhia de seus filhos, que ainda são tão pequenos, pois logo irão crescer.
E o casal não desisti, insisti, continuam investindo no amor, continuam investindo um no outro, e sabem que é preciso tempero extra para viver todas as etapas de suas vidas, todas as suas suas escolhas.

1 Comentários

  1. O ruim de ler no serviço, ou nos minutos vagos é que eu não consigo ter tempo para comentar as postagens, ou ainda, não consigo ler o blog de todo mundo... Tinha esquecido dessa tua postagem, eu li sexta e queria comentar... Bláblá... Vamos ao que interessa...

    Lá em casa, nunca foi assim... Sério, tudo que eu queria era que pelo menos uma vez por semana houvesse o diálogo de como vão as coisas... Mas... fazer o que... Não é culpa de ninguém, acho que as coisas acontecem porque as pessoas se permitem, e ninguém se permite sozinho, ou seja, nunca é possível culpar uma única pessoa. Se não houve tantos diálogos como eu gostaria, a culpa também é minha.
    Mas, são coisas que a gente aprende, e no futuro ao primeiro filho que eu tiver, ou sei lá... Namorada, amigo... Acho que é algo que será feito, de chegar e contar como as coisas vão e tudo mais.
    (Tá Leonardo, chega! Esse aqui não é o seu blog - Vai dormir...)
    hehehe
    Ótimo texto! Acho q a peteca não pode cair... Se cair, levante! Continue isso. Nem sempre estamos bem para conversar, mas pelo menos sentar para um olhar pro outro, nem que seja por alguns segundos - para a pessoa sentir que você está lá, com ela, não importa o dia nem o problema...
    Bjão Jana!!!

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