O fim do mundo

Até agora não havia me pronunciado em relação ao dia 21/12/2012. Não curti, nem compartilhei nenhuma mensagem a respeito, e também não troquei e-mails sobre o fim do mundo. Mas hoje resolvi escrever. 
Ouço isso desde muito pequena: "De mil passarás, a dois mil não chegarás." Profecias,  Maias, Nostradamus, Apocalipse...
Tempestades, furacões, tsunamis, vulcões em erupção, acontece todos ou quase todos os dias. Lembrei-me do filme "A Era do Gelo", na cena final em que o mamute "ironiza" com a preguiça: "Aquecimento global?". Nós não estávamos lá para contribuir com isso, e naturalmente aconteceu. Imaginem agora. 
Mas as transformações naturais são diárias, algumas mais intensas. Podemos sim, QUALQUER DIA, viver um colapso da natureza, .
Um e-mail circulou sobre o terceiro segredo de Fátima, o caos no dia vinte e um, por volta das 16 horas. Outros falam em alinhamento dos planetas, fenômeno que vai durar três dias, mais intensamente às onze e alguma coisa da manhã do dia vinte e dois. Os Maias falavam no fim de uma era, e o começo de outra. Essa parece a melhor opção, afinal, tem um novo começo.
Ainda que aconteça alguma coisa, neste dia ou em outro qualquer, nunca estamos preparados. A morte, quando de certa forma esperamos, por uma doença por exemplo, já é difícil, sem esperar então, muito mais. Coletivamente...nossa! Ninguém está preparado mesmo.
Na catequese, aos meus oito anos, o apocalipse era a passagem mais temida. Ninguém lia, nem falava sobre ela. Mas na verdade, há uma grande possibilidade contida nela: há uma nova vida. Mas o meu Deus, Aquele em quem eu creio, não iria permitir um fim tão trágico. Prefiro a teoria de que a grande tempestade, o grande furacão, a tsunami, e os vulcões em erupção, aconteçam apenas em nosso interior, em nossos corações, quando a noite ao deitar, "morremos", e ao amanhecer temos a oportunidade de recomeçar e fazer diferente, e fazer melhor. 
Espero realmente que cada um seja feliz com aquilo que acredita. Mas acho que a natureza  está apenas agindo, nos dando aquilo que ela recebe. 
Três dias de escuridão, sem água, nem luz. Bem, onde eu moro então, é sempre "fim do mundo", pois sempre falta água e luz, não necessariamente nesta ordem.

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