Filho especial (parte III)

Incrível o poder da oração, ainda mais, coletiva. Reunir pessoas em oração permite que uma grande energia positiva conspire a favor de todos. 
Ainda que o motivo inicial do encontro tenha sido pelo sucesso da cirurgia do José, que acabou sendo transferida, entendi que promover aquele momento ia além dessa necessidade. Acredito cada vez mais que Deus nos usa em diversas situações. Eu poderia ter desmarcado aquele momento de oração, afinal a cirurgia não seria mais no outro dia, mas é como se Deus se "apossasse" daquela oportunidade para tocar outros corações, também frágeis e carentes de oração. Durante o terço, foi impossível não pensar em algumas pessoas. É um processo involuntário, enquanto oramos o nome ou a lembrança de algumas pessoas nos vem à mente. Não sei se essas pessoas distantes, e não me refiro apenas à distância física, mas também a distância emocional, sentiram essa energia, mas para mim, é como se elas estivessem ali. 
Acredita-se que cada um vem para uma missão, ainda que muitas pessoas passem pela vida sem reconhecer qual é a sua, acho que no caso do José, são muitas, uma delas, é unir. Um "serzinho" tão pequeno, em tamanho, mas com uma capacidade tão grande de nos fazer agir. É como se ele desse uma "cutucada" naquela pessoa que já não está mais acreditando que aquele algo, que ela tanto espera, de fato aconteça. É assim que eu o vejo. Talvez pela sua imensa força, talvez pela sua capacidade de superar tantas coisas diariamente, coisas tão vitais, como respirar e se alimentar. Por isso não me sinto no direito de reclamar da vida, mas me sinto no dever de agradecer. Agradecer pela grande transformação que me trouxe, pelos grandes amigos que fiz, e por outros que reencontrei, pelas "cutucadas" que me dá, pela verdade que me proporciona, pelo amor que me permite sentir, e por me fazer chegar mais perto de Deus.



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