Tempo de quê?

Esse período que antecede a Páscoa, para os católicos chamado de quaresma, traz uma importante reflexão sobre o tempo.
Pois é tempo de: tempo de tirar os excessos, tempo de conversão, tempo de misericórdia, tempo de identificar o que está nos atrapalhando, tempo de reconhecer nossas fraquezas, tempo de sarar nossas feridas... 
Mas que contraditório é o tempo! Temos todo o tempo do mundo e  muitas vezes somos esmagados por ele. Na dificuldade, ouvimos: "dê tempo ao tempo". Já na euforia: "calma, tem tempo para tudo".
Apesar de ser tempo para umas coisas, confesso, não tempo mais tempo para outras. Não tenho mais tempo para a imaturidade, para a intolerância, para a impaciência.  Não tenho mais tempo para ouvir um discurso "bonito" e ver uma atitude que não condiz. Simplesmente não tenho mais tempo para sabotar a felicidade. 
Ouvi o Padre Fábio de Melo dizendo: "É tempo de reabilitar os sonhos dentro da gente, mas para isso é preciso mexer num território difícil de vencer: o nosso interior, porque muitas vezes o sabotamos." E por que o sabotamos? Por que sabotamos as nossas vontades, as nossas esperanças, o nosso próprio tempo? 
Busque encontrar os remédios para a alma, que para aquele que crê, são três: o jejum, que melhora a nossa relação com as "coisas"; a oração, que melhora a nossa relação com Deus; e a caridade, que melhora a nossa relação com o outro. E como a maioria dos remédios, eles podem, para algumas pessoas, serem um tanto amargos.
E para você, é tempo de quê?





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